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Relatório: violência sexual virou ‘arma’ de radicais contra meninas e mulheres cristãs
Publicado em 13/09/2025 23:31
Perseguição a Cristão

Dados da Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela organização Missão Portas Abertas, indicam um aumento no número de cristãos que sofreram violência sexual devido à sua fé.

O levantamento registrou 3.123 vítimas deste tipo de perseguição no ano de 2024. No ano anterior, 2023, o número registrado foi de 2.622 casos, o que aponta uma tendência de crescimento.

A maioria esmagadora das vítimas são meninas e mulheres cristãs, com a África aparecendo como o continente mais afetado por essa modalidade de violência.

Outra forma de punição registrada no contexto de perseguição religiosa é o casamento forçado. Em 2024, foram documentados 821 casos, representando um aumento de 35% em relação ao ano anterior.

A Nigéria foi o país com o maior número absoluto de casos de violência e abuso sexual, com uma estimativa de que pelo menos 1.000 cristãs tenham sido vitimadas. A Síria aparece em segundo lugar, com aproximadamente 500 casos registrados.

A lista é seguida por outros 13 países, cada um com cerca de 100 vítimas documentadas: Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Mali, Moçambique, Mianmar, Níger, além de dois países que tiveram seus nomes omitidos no relatório por motivos de segurança, Paquistão e Sudão.

No que se refere especificamente a casamentos forçados de cristãs com não-cristãos, a República Centro-Africana lidera as ocorrências, seguida pela República Democrática do Congo e pelo Paquistão. Nestes três países, ocorreram aproximadamente 300 casos cada, de acordo com os dados da Portas Abertas.

Relato de sobrevivente

O relatório é ilustrado pelo testemunho de Rifkatu, esposa de um pastor na Nigéria, que foi vítima de violência sexual por extremistas. Ela recebe atendimento pós-trauma em um centro apoiado pela Portas Abertas.

Em depoimento à organização, Rifkatu descreveu ter sido sequestrada por extremistas islâmicos fulani ao retornar da lavoura para sua aldeia, predominantemente cristã.

“No acampamento, a maioria dos homens ali nos violentaram. Quando chorávamos, diziam que colchões não choram e que nós agora éramos apenas colchões”, relatou. Ela acrescentou: “Não podíamos nos mover, ou sequer nos virar. Chegou ao ponto em que eu mordi a minha própria língua e comecei a sangrar muito”.

Rifkatu foi libertada posteriormente e retornou ao lar, onde lida com traumas psicológicos. Seu marido, o Pastor Zamai, afirmou: “O objetivo dos militantes é colocar medo na comunidade, nos perseguir. Além de colocar medo em nossos corações, para que nós neguemos a Jesus. Eles querem as nossas esposas para eles”. Sobre o retorno da esposa, ele declarou: “Deus havia respondido à minha oração por sua libertação”.

Fonte Gospel Mais

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